quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Tráfico possuía Metralhadora ponto 50 de origem Nazista

Metralhadora ponto 50, apreendida na Vila Vintém, foi fabricada na Alemanha para combates na 2ª Guerra Mundial

A apreensão da primeira metralhadora calibre ponto 50 já encontrada em poder dos traficantes cariocas até hoje, feita pelo 14º BPM (Bangu), segunda-feira, na Vila Vintém, em Padre Miguel, deu início a uma investigação da Polícia Civil para tentar descobrir como a arma, capaz de derrubar helicópteros e furar blindados, entrou no Brasil. Especialistas da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae) estiveram na 33ª DP (Sulacap), para onde o material foi levado, e constataram que a ponto 50 é de fabricação alemã e pertenceu ao exército nazista do ditador Adolf Hitler.

A constatação foi feita a partir do desenho de uma águia segurando a suástica, que está gravado na arma. Ela é conhecida como MG42, abreviação de Maschinengewehr 42, uma metralhadora de calibre 7.92 x 57 mm desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial.

 Pesando 11,5 quilos, a metralhadora é usada num bipé e é capaz de disparar 1.550 tiros por minuto. Uma curiosidade da época em que foi lançada: ela ganhou o apelido de Lurdinha entre os militares brasileiros que lutaram na Itália durante a campanha. Este era o nome da noiva ciumenta de um dos pracinhas, cujo o jeito de falar sem parar era semelhante à cadência de seus tiros.
A Drae e Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) já tinham informações da presença de metralhadoras ponto 50, mas em outras comunidades, como a Favela da Grota, no Complexo do Alemão, e a Vila Cruzeiro, na Penha. Em maio de 2008, a polícia já havia encontrado 422 projéteis desse calibre no Morro da Mangueira.

Mês passado, no roubo de R$ 6 milhões de um carro-forte em Araras, Interior paulista, bandidos usaram uma ponto 50 para furar a blindagem. O grupo é conhecido como o ‘bando da metralhadora do Rambo’.


Polícia investiga sumiço de 166 armas

Policiais da 76ª DP (Centro) investigam o desaparecimento de 166 armas — quatro carabinas 12 e 162 revólveres 38 — de uma empresa de vigilância, no Centro de Niterói. Segundo funcionários da Vison, desativada em 1997, o crime teria ocorrido no fim de semana, quando não havia seguranças no local. Mais de 1.200 balas também teriam sido levadas.

Mas o delegado Luiz Antônio Businaro suspeita que o crime tenha ocorrido há mais tempo, pois a perícia não constatou indício de furto recente no local. “Tudo estava muito empoeirado, sem marcas de pés ou mãos. Além disso, nenhuma das portas apresentava sinais de arrombamento”.

Representantes da empresa estiveram na delegacia e alegaram que pretendiam entregar as armas para destruição, mas que esperavam autorização da Polícia Federal. Businaro não acredita que o furto tenha sido encomendado por traficantes, que não costumam usar revólveres. Ontem, apenas um revólver foi encontrado pela polícia no cofre da empresa.